Um Software 3D Interativo (S3DI) pode ser dividido entre jogos computacionais 3D (J3D), ambientes de Realidade Aumentada (RA) ou, de Realidade Virtual (RV), dentre outros. Estes sistemas têm várias características que os distinguem entre si mas, também compartilham várias semelhanças: o fato de envolverem o usuário, a busca pela intuitividade e simbiose são objetivo de todos . Em especial, estes sistemas representam ambientes virtuais controlados com potencial para auxilio ao processo ensino-aprendizagem. Por serem tipos de sistemas relativamente recentes, se comparados com outros da área da informática, identificou-se uma carência de metodologias de concepção e desenvolvimento que tenha ampla aceitação pela comunidade de desenvolvimento dessas aplicações. Uma metodologia que foi desenvolvida com propósito específico de dar suporte a concepção e desenvolvimento de aplicações de RV e RA no contexto educacional é a Metodologia Maiêutica (M2). A M2 não contempla aspectos relativos aos J3D que, recentemente, têm recebido grande atenção devido a iniciativas do tipo (a) gamification, onde se tem usado jogos para todas as formas de interação e áreas de conhecimento, e (b) Jogos Sérios, onde se foca os aspectos educacionais com prioridade em relação a diversão . A M2 promove inicialmente uma descrição que caracteriza de forma única o S3DI e o processo é conduzido por perguntas objetivas e discursivas. Este projeto visou ampliar o escopo da M2 para incluir J3D e isso levou ao estudo da caracterização dos diversos tipos de jogos mas que tivesse algum impacto na estrutura construtiva do software (uma vez que a M2visa auxiliar o desenvolvimento também) . Portanto, este projeto desenvolveu uma taxonomia de J3D que ajudou a determinar alterações nas Perguntas Objetivas Básicas (POBs) que compõem a M2. Inicialmente a M2 contava com 14 POBs as quais foram todas modificadas para referenciarem a S3DI e não somente RV, 2 tiveram atualizadas a identificação das suas temáticas e 10 novas perguntas foram inseridas para refletir novos aspectos dos S3DI. Por meio dessas alterações, a M2 consegue caracterizar e diferenciar melhor os softwares de J3D, RV e, RA. Ainda, como mecanismo de auxílio a concepção e descrição, a M2 provê exemplos de S3Dis que antes não eram ordenados por similaridade. Com este projeto, foi possível conceber um conjunto de identificadores únicos e ponderados por importância no impacto da estrutura funcional, de forma que a M2 atualizada apresenta os exemplos devidamente ordenados, do mais similar ao mais diferente. Estudos de caso acomodaram o registro de novos S3DI tanto jogos quanto ambientes de RV. Com a ampliação do escopo dos S3DI e a exemplificação ordenada, a M2 passa a auxiliar o projetista ou desenvolvedor a identificar mais facilmente padrões de comportamento e estrutura de sistemas, bem como perceber possibilidades de design diferenciados, aumentando assim a qualidade do projeto de softwares 3D interativos.
